No livro
Prazer de Viver, Ermance Dufaux coloca que “É lastimável o contingente de
seguidores do Cristo tombados no derrotismo por conta de crenças que
estabelecem uma vida psicológica atormentada.” Realmente é
contraditório esse disparate entre a proposta libertadora de Jesus e o nosso
derrotismo advindo de crenças absurdas que criamos ou copiamos dos outros.
Ermance Dufaux cita algumas dessas crenças:
“Almas
com conhecimento bastante para não se deprimir”
“Criaturas
que só podem acertar”
“Pessoas
que devem agradar a todos”
“Espíritos
que não podem perder tempo”
“devem
ser rápidos”
Essas
frases ou propostas não fazem mal, podem ser bem utilizadas na vida se a pessoa
discerne sua aplicação, respeitando os limites e possibilidades. Porém, o
neurótico faz uma leitura distorcida, exagerada e inflexível. Por conta dos
tormentos pessoais, como por exemplo:
ü
perfeccionismo
ü
sentimento
de inferioridade
ü
baixa
estima
ü
insegurança
ü
culpa,
etc.,
O
indivíduo tenta conformar ou enquadrar sua vida dentro de tais conceitos ou
crenças. Se ele coloca na cabeça que tem que agradar a todos, ele abraça essa
meta de forma inflexível sem avaliar se seu interlocutor é uma pessoa sensata
que sabe avaliar uma amizade ou a afetividade. Ele não consegue discernir tanto
o limite pessoal do que pode e não pode fazer, como a capacidade do outro de
reconhecer e recepcionar a simpatia que lhe é dada. Por causa disso, sua
tentativa de agradar é frustrada, não é reconhecida, caindo em generalizações
descabidas: nunca mais vou fazer o bem para ninguém, vou deixar de ser bobo e
querer agradas os outros, e assim por diante. O problema não é do outro, é
dele! Ele não sabe a medida das coisas,
É hora de
fazermos uma revisão e reciclagem de nossas crenças obsoletas e jogar fora o
que não serve. Precisamos de crenças/convicções éticas, libertadoras,
esperançosas, otimistas para melhor aproveitar as metas libertadoras do Cristo.