Desde quando reencarnamos vamos aprendendo a
perceber a vida de forma unilateral, ou seja, vemos apenas uma parte das coisas
como explica o benfeitor Aniceto no livro Os Mensageiros, página 77: “Quando na carne, somos muitas vezes inclinados a verificar tão
somente os efeitos, sem ponderar as origens. No mendigo, vemos apenas a
miséria; no enfermo, somente a ruína física. Faz-se indispensável identificar
as causas.” Por conta do condicionamento de ver parcialmente
as coisas, temos a impressão que vemos a realidade. Assim, a outra parte vai
ficando cada vez mais distante ou esquecida. Por conta disso a mente processa
automaticamente apenas uma parte dos acontecimentos:
no filho rebelde os pais veem apenas a criança sem
limites, desobediente...
na doença o foco limita-se ao incomodo da dor
na subprofissão o olhar recai sobre a exploração do
empregador
na carência afetiva a culpa é dos outros que não
veem as qualidades do carente
na gestação que não vinga justifica-se com as condições
orgânicas
Com esse olhar parcial parece que somos submissos às
circunstâncias imprevistas, elas vão se desenrolando desordenadamente e nos
arrastando. Precisamos superar a visão unilateral, aprendendo a observar, a
olhar, a perceber de forma integral para que as coisas tenham sentido.
1. o filho rebelde de hoje não é a pessoa que foi
prejudicada ou desrespeitada no passado?
2. a doença não é o resultado do mal-uso do corpo?
3. a pessoa irrealizada na profissão não é o
empregador désposta de ontem?
4. o carente afetivo de agora não é a pessoa
insensível que brincava com o sentimento alheio?
5. o casal frustrado em serem pais não são os
autores de abortos do passado?
A vida não começou agora e não estamos acabados,
prontos, somos seres multiexistenciais, imortais. A vida de hoje é a
continuação de outras etapas reencarnatórias, como será a base para vidas
futuras. Trazemos conquistas do passado que se apresentam em forma de aptidão/capacidade
e tendência/inclinação. As qualidades inatas são conquistas anteriores que podem
ser aperfeiçoadas, os transtornos e doenças congênitas, são heranças dos
desatinos do passado.
Os acontecimentos não são fortuitos, obedecem a Lei
de Causa e Efeito. Assim, nossas ações geram consequências que reverberam em
nós mesmos e no meio social, a fim de aprendermos com nossos feitos bons ou
ruins, para melhorar, qualificar nossas ações – enfim EVOLUIR sempre!
Referente aos 5 exemplos de ligação entre vidas
passadas e a vida presente, mostrando a manifestação da Lei de Causa e Efeito,
compreendemos, também, que nossas atitudes atuais negligentes podem precipitar
tais ocorrências. No entanto, em muitos casos as dificuldades vão se manifestar
desde tenra idade, evidenciando que são heranças de vidas anteriores.