Muitas pessoas fazem um calvário
intérmino nos consultórios médicos e psicológicos, buscando tratamentos para
sofrimentos que nem sempre são diagnosticados. Essas ocorrências são conhecidas
pelos profissionais da saúde. É desconcertante escutar do especialista que o paciente
não tem nenhuma doença, e este alegar que sofre.
A ciência ainda não alcança o
Espírito imortal, multiexistencial; não conhece o períspirito; nem atina que
nossa sociedade física interage com
sociedade extrafísica, relação esta que reflete no comportamento pessoal
e social. A relação entre o mundo físico e o extrafísico se dá por meio da
faculdade humana chamada mediunidade, definida por Allan Kardec da seguinte
forma: “Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de
intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao homem.”1
Uma pessoa não é consequente,
exclusivamente, da genética e do ambiente. É originário de uma longa trajetória
evolutiva transitada em todas as culturas, etnias, gênero e diversos papéis
socias... A personalidade de hoje é a síntese dessa história multimilenar.
As conquistas e desacertos das
vidas anteriores refletem na personalidade atual, através de qualidades,
culpas, conflitos pessoais e interpessoais. Determinados transtornos são
heranças de erros passados. Inimigos “gratuitos” que nos perseguem sem causa
atual, são desafetos do passado.
Essas heranças do pretérito são, muita vez, os tormentos atuais ocultos.
No livro Reencontro com a Vida, o
espírito Manoel P. de Miranda lista algumas enfermidades não alcançadas no
exame médico e esclarece o porquê. Diz ele: “Muitas enfermidades de diagnose
difícil, pela variedade da sintomatologia, têm suas raízes em distúrbios da
mediunidade de prova, isto é, aquela que se manifesta com a finalidade de
convidar o espírito a resgates aflitivos de comportamentos perversos ou
doentios mantidos em existências passadas.”2 A seguir o benfeitor
relaciona as enfermidades físicas e psicológicas:
Área física: “dores no
corpo, sem causa orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas
do sono – insônia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese –; taquicardias,
sem motivo justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória,
constituindo todos eles ou apenas alguns, perturbações defluentes de
mediunidade em surgimento e com sintonia desequilibrada. ” idem
Área psicológica: “ansiedade, fobias variadas, perturbações emocionais,
inquietação íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas, sensações de
presenças imateriais — sombras e vultos, vozes e toques — que surgem
inesperadamente, tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação, representando
distúrbios mediúnicos inconscientes, que decorrem da captação de ondas mentais
e vibrações que sincronizam com o perispírito do enfermo, procedentes de
entidades sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de refazimento
dos conflitos em que ambos — encarnado e desencarnado — se viram envolvidos.”
idem
Observe se você sofre padecimentos
não detectados pelos profissionais de saúde, faça uma leitura de tal situação à
luz do Espiritismo que elucida: “Coisa alguma acontece fora das Leis Cósmicas e
das necessidades de evolução.” Portanto, veja como indicativo de equívocos do
passado que pede reparação por meio da prática do amor. Praticar o amor é
acordar para a vida!
Referências:
1. Kardec, A. O Livro dos Médiuns.
Tradução J. H. Pires. Lake. cap. 14, item 159. 1991
2. Miranda, M. P. de., espírito.
Reencontro com a Vida, página 70. Divaldo P. Franco, médium. Editora Leal. 2006
3. Angelis, J., espírito.
Diretrizes para o Êxito, página 89. Divaldo. P. Franco, médium. Editora Leal.
2004.
Mario Mas
E-mail mariomas@uol.com.br