No atual estágio de evolução do Planeta, as velhas fórmulas
hipócritas de se dizer religioso e garantir um olhar social de honradez não
funcionam mais. O discurso e a aparência de honrado, bondoso, ético não engana
mais ninguém, esse subterfúgio esgotou-se.
Conhecer o Espiritismo, fazer curso, trabalhar na seara
espírita não é garantia de mudança da personalidade, ou, usando uma metáfora
apropriada, não se passa de homem velho para homem novo. Algumas pessoas se
contentam com o rótulo de Espírita,
não se importando em continuar sendo o homem velho. Justificam que ainda não é
possível mudar velhos hábitos. Respaldam seus argumentos no padrão social
doentio, que inclui seus parentes e amigos, desse modo, se sentindo
justificados diante do consenso social. Os extremistas ficam nas polaridades: ou
querem se santificar de imediato, ou se permite ficar “como sempre foi”, não
conseguem pegar o caminho do meio, ponderando que a mudança é um processo
gradual. A propósito, como consta no Evangelho Segundo o Espiritismo:
Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações. cap. 17, item 4
O Espiritismo oferece as condições inigualáveis para a mudança
pessoal e social, sensata, respeitando o grau evolutivo de cada qual, portanto
não é o Espiritismo que não possui os recursos para nos ajudar na transformação
pessoal.
Com essa postura incoerente, narcisista, retrógrada é natural
que a pessoa fique obsediada, porque já se auto-obsedia, assimila energias
doentias do seu ambiente, sai do corpo durante o sono e vai para regiões
inferiores, atrai pessoas perigosas, favorece acidentes de percurso...
Finalizando as reflexões, no livro Mediunidade: desafios e
bênção, p. 27 Manoel P. de Miranda disserta:
Travaram contato com a revelação espírita, participaram dos memoráveis eventos espirituais do intercâmbio mediúnico, porém não modificaram a visão sobre si mesmos ou a sua conduta, tornando-se parasitas no grupo social ou belas personalidades aplaudidas nos cenários do mundo, mantendo a individualidade atormentada e venal, que não modificou a forma de ser ou de comportar-se.
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