O medo é quando uma situação apresenta
perigo real, como a aproximação de um assaltante armando, ou na iminência de um
acidente.
Na ansiedade a ameaça ou perigo não é real.
A pessoa não sai na rua imaginando que poderá ser assaltada ou sofrer um
acidente.
O psiquiatra Enrique Rojas no livro A
Ansiedade disserta:
“O medo é um temor específico, concreto, determinado
e objetivo perante algo que, de alguma forma, é externo a nós e aproxima-se trazendo
inquietude, desassossego, alarme. Aqui, a chave está na percepção de um perigo
real que ameaça em algum sentido. Dessa situação parte uma série de medidas defensivas
que têm o fim de esquivar, evitar ou superar essa intranquilidade. Essas medidas
são racionais e dependem do tipo de perigo concreto. Em cada caso a estratégia que
se fabrica é bem diferente, mas proporcional ao fato em si.
A ansiedade
é uma vivência de temor ante algo difuso, vago, abstrato, indefinido, diferente
do medo, que tem uma referência explícita. Ambos compartilham a impressão interior
de temor, impossibilidade de defesa, derrocada. Mas, enquanto no medo isso é produzido
por algo, na angústia (ou ansiedade) isso se produz por nada, as referências se
desvanecem. Daí podermos dizer, simplificando em excesso os conceitos, que o medo
é um temor com objeto, ao passo que a ansiedade é um temor impreciso, carente de
objeto exterior.”
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