Precisamos sair do torpor da rotina cotidiana e recuperar a
lucidez, caso contrário passamos a acreditar que a vida se resume neste costume
diário de quase sempre fazer as mesmas coisas. Se o indivíduo se deixa
massificar ele segue a boiada sem saber para onde vai, invariavelmente,
distanciando-se dos seus objetivos evolutivos. Não demora muito para ele sentir
que falta fazer alguma coisa em sua vida que não sabe o que é. O seu
inconsciente (programação reencarnatória) está sinalizando que ele está
desalinhado de sua missão/plano/tarefa... As atividades e relacionamentos
diários ficam insossos, repetitivos. Pequenas discussões, contrariedades,
decepções são superestimadas. A vida fica sem sentido, a angústia vai ganhando
terreno. Parece que estamos jogados no mundo à toa.
A mídia subordinada aos anunciantes vende a promessa da
realização pessoal e da felicidade através do consumo. Nesse esquema quem tem
dinheiro, supostamente, chega lá, quem não tem está fadado à infelicidade. Mas,
como a vida não se subordina a essa ingenuidade, prega peça nos seus defensores
mostrando inversões demolidoras: pessoas ricas, bonitas e poderosas tristes e
viciadas em drogas para aguentar o tranco dos tormentos. E, a revelia de tais
preceitos, pessoas pobres e sem o rigor da estética física vigente, estão de
bem com a vida.
Temos que lembrar da assertiva de Jesus em Mt. 26.41: vigiai e
orai, para que não entreis em tentação, pois o espírito está pronto, mas a
carne é fraca. Recuperar a lucidez é lembrar que como espíritos, estamos prontos,
conforme instruiu-nos Jesus, trazemos em nosso interior um propósito, e mais, a
vida tem sentido. Como Emmanuel nos lembra: “O homem terrestre não é um
deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da
carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta
humana é a sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.”1
Nota:
Livro Emmanuel – Francisco C. Xavier/Emmanuel, página 11
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