sexta-feira, 1 de maio de 2015

Assertividade X Grosseria

Uma atitude importante para nosso relacionamento interpessoal é a assertividade, definido pelo dicionário Houaiss como “que demonstra segurança, decisão e firmeza nas atitudes e palavras” A pessoa assertiva expõe e defende suas ideias respeitando a opinião de seu interlocutor. Uma pessoa insegura e tímida terá dificuldade em ser assertiva, ela acha suas ideias bobas e descabidas, por isso, evita expressá-las. Quanto mais nega o que pensa mais conflito gera em sua personalidade, ficando mais insegura. Há quem confunda grosseria com assertividade e afirmam: “não tenho papas na língua”, falo o que penso!; o que equivale dizer que ela fala sem medir as palavras não importando se vai ferir ou não o outro. Esta pessoa acha que não é responsável pelo que fala e pelo que faz. E se o seu interlocutor estiver a um passo de desistir da vida, e sua colocação precipitá-lo a algo grave? Nossa palavra é uma fagulha de esperança ou um punhal mortal? André Luiz no livro Evolução em Dois Mundos, capítulo 11 instrui: “Incorporando a responsabilidade, a consciência vibra des­perta e, pela consciência desperta, os princípios de ação e rea­ção funcionam, exatos, dentro do próprio ser, assegurando-se a liberdade de escolha e impondo-lhe, mecanicamente os resulta­dos respectivos, tanto na esfera física quanto no Mundo Espiri­tual.” Portanto, somos responsáveis pelo que pensamos, sentimos e fazemos no contato com os outros e com o mundo, formando vínculos construtivos ou perturbadores que deveremos consertá-los. Aprofundando o resultado de nossa comunicação com os outros, André Luiz no livro Mecanismo da Mediunidade, capítulo 16, esclarece sobre os efeitos advindos de nossos pensamentos e atitudes: “Pensando ou conversando constantemente so­bre agentes enfermiços, quais sejam a acusação indébita e a critica destrutiva, o deboche e a cruel­dade, incorporamos de imediato, a influência das criaturas encarnadas e desencarnadas que os alimen­tam, porque o ato de voltar a semelhantes temas, contrários aos princípios que ajudam a vida e a regeneram, se transforma em reflexo Condicionado de caráter doentio, automatizando-nos a capacidade de transmitir tais agentes mórbidos, responsáveis por largo acervo de enfermidade e desequilíbrio.” Assim, o “senhor sem papas na língua”, ou a pessoa maliciosa, fofoqueira, maledicente ao ser maldosa e dura com o seu próximo incorpora em si mesmo todo mal que semeou.
André Luiz conta sua própria experiência no livro Nosso Lar, a respeito de sua desencarnação antes da hora por conta de sua conduta, entre outros motivos o médico espiritual Henrique de Luna fala do seu modo irritadiço de tratar as pessoas: “...seu modo especial de conviver, muita vez exasperado e sombrio, captava destruidoras vibrações naqueles que o ouviam. Nunca imaginou que a cólera fosse manancial de forças negativas para nós mesmos? A ausência de autodomínio, a inadvertência no trato com os semelhantes, aos quais muitas vezes ofendeu sem refletir, conduziam-no frequentemente à esfera dos seres doentes e inferiores. Tal circunstância agravou, de muito, o seu estado físico.”



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