Diz o Poeta que beleza é fundamental, será mesmo? Na poesia até que rima, mas na
realidade as coisas não são bem assim. Se fosse fundamental, Poeta, as beldades
e os deuses gregos não tomariam ansiolíticos, antidepressivos e nem fariam
tantas cirurgias estéticas! A ideia de que a beleza é fonte da felicidade é um
jogo de marketing das indústrias de cosméticos, da moda, do cinema com promessa
de felicidade. Assim vamos associando beleza com glória, felicidade, dinheiro,
sucesso, romances espetaculares... É a visão materialista, consumista,
utilitarista de obter coisas para se realizar. Na vida real as pessoas não
fogem de sua subjetividade, ou seja, de seu mundo interno, de suas ideias, de
seus sonhos, de suas frustrações, de suas alegrias, de suas tristezas, de suas
conquistas, de suas derrotas, de acordo com suas conquistas evolutivas. Poeta,
no mundo de expiação e prova todos carregamos débitos para serem resgatados,
qualidades para serem desenvolvidas, as pessoas belas também! A pobreza e
riqueza, beleza e feiura, doença e saúde, felicidade e tristeza não são favores
ou desfavores da classe social e da genética, nem depende da sorte, do azar, do
privilégio ou do QI (quem indicou), estas questões tem ascendente espiritual.
É, Poeta, a vida não se resume ao entorno do corpo físico, nós somos Espíritos
Imortais, estamos aqui de passagem para evoluir, nossa verdadeira pátria é a
Espiritualidade. A beleza ou feiura são provas ou expiações reencarnatórias de
acordo com as conquistas ou insucessos na vida passada e na presente.
Poeta, no consultório vejo homens e mulheres
bonitos fisicamente, que se sentem feios e desinteressantes por dentro. São
pessoas que chamam a atenção pela plástica, são elegantes, desejadas, mas
quando alguém se aproxima delas e se envolvem, veem que são pessoas como as
outras com qualidades e defeitos. Aquelas que se sentem inadequadas e amargam
conflitos internos, mesmo sendo belas, são pessoas difíceis, não conseguem se
envolver. O fundamental, Poeta, é o equilíbrio pessoal, o autoamor, a boa
autoestima, a autoconfiança, a ética, a sociabilidade, a religiosidade...
Belíssimo texto, seu Mário! Parabéns!
ResponderExcluirAinda vivemos impregnados pelo culto ao que entendemos como belo. Pouco a pouco, cada um de nós passará a ter outros valores mais cedo ou mais tarde. Concordo com o texto do Mário Mas.
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