segunda-feira, 13 de junho de 2016

Valores e Consumo

Os meios de comunicação oferecem uma enxurrada de produtos que prometem prazer, sucesso e felicidade, se você não obtê-los é um fracassado destinado ao sofrimento. Bebidas que garantem alegria e a amizade, cremes e xampus que eternizam a juventude, roupas que tornam o seu usuário importante, viagens anti estresse... Tudo ao seu dispor, é só consumir.
Poucas pessoas escutam suas dores e sofrimentos a fim de cuidarem melhor de si mesmas, ao invés procuram os artifícios sociais imediatos. Bateu uma tristeza, o shopping é o remédio. A pessoa se sente inferior, um curso de MBA ou um carro novo resolve. A autoimagem não está a contento, a mulher pinta os cabelos e o homem deixa a barba crescer, pronto! Comprar um sapato todo mês, tomar chope                                         quase todos os dias passa a ser uma necessidade condicionada que vai dominando o indivíduo e se tornando uma compulsão, que o domina - agora ele não tem escolha se vê compelido a comprar, comprar... Antes já comprava sem necessidade, agora com a compulsão compra qualquer coisa que é desnecessária, desfrutando uma migalha de prazer e um punhado de angústia. Esta reflexão não é uma condenação às conquistas benéficas da ciência e dos avanços da cultura que melhora a saúde, as relações sociais, os lazeres, o conhecimento, o conforto, mas reflete em não transformar “os meios em fins”. A vida não se resume em consumir, ela é maior do que isso objetiva a evolução espiritual!
Nesse enredo maluco o indivíduo vai se emaranhando cada vez mais, os apelos da mídia continuam afirmando que ele vai chegar lá, ou seja, vai obter prazer, sucesso e felicidade, basta consumir um pouco mais. Uma provocação aliciadora: você não vai desistir, não é? O mundo não é dos covardes! Veja quantos chegaram lá, persista, você vai ser um vencedor!
Enquanto isso, seu mundo interno está entregue a poeira, abandonado. Chega uma hora que essa mesmice cansa, o vazio começa a dar sinais, o tédio aparece eloquentemente aludindo à decadência dessas promessas irreais.
Para sair das dependências dos artifícios sociais precisamos desenvolver valores que dignificam a vida.


  • em vez de se soltar através do estímulo da bebida, desenvolver a extroversão e a autossegurança.
  • em vez do exagero dos cremes e xampus, aceitar a idade e o corpo.
  • em vez de roupas que dão status, desenvolver a autoconfiança.
  • em vez do excesso das viagens contra o estresse, cultivar a paciência e a tolerância.
  • em vez da droga diante do vazio, despertar a fé em si mesmo e em Deus.

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