O que se
espera de um ego bem estruturado, adulto, é que ele enfrente os desafios da
vida. Isso não quer dizer que a pessoa tenha que acertar sempre, ser vitorioso,
isso é uma exigência neurótica. Não há nenhum problema em acertar, o problema é
a exigência doentia alimentada pelo orgulho – é a arrogância de querer ser o
melhor para se mostrar para os outros. Acertos e erros ainda fazem parte de
nosso desenvolvimento.
O ego
imaturo, é introjetivo, engole os valores da sociedade sem reservas como
verdades absolutas, tais como:
º
busca
a segurança e a estabilidade
º
confunde
meios com fins
º
quer levar
vantagem
º
quer ser
um ganhador a qualquer preço
º
quer curtir
a vida ao máximo, sem moral
º
quer ter
o corpo perfeito
º
quer ser
admirado
º
se
avalia pelo que tem e pelo poder
Quando
não é guiado por esses valores, é marcado por desqualificações da
personalidade:
º
só
comigo as coisas não dão certo
º
sempre
levo desvantagem
º
os
outros me fazem infelizes
º
enfim,
sou uma droga
O que é
inteligência para essas pessoas? É algo ligado aos seus tormentos. É uma
faculdade que serve para levar vantagem ou para se massacrar, conforme o
primeiro ou o segundo grupo respectivamente. Você se enquadra em algum deles?
Numa
visão a contramão do que foi exposto, Waldo Vieira no livro 700 Experimentos da Consciênciologia,
explana: “Você veio à vida intrafísica para servir (assistencialidade) às
outras consciências. Em seus anelos e evocações, coloque os semelhantes em
primeiro lugar; seja inteligente: desista de pedir exclusivamente para você.”
Para o egoísta essa proposta é um
insulto aos seus direitos... blá... blá... blá... O blá, blá blá é uma porção
de sofismas encadeados até o infinito. Para o ego enfermo servir ao próximo é
tirar de si, é se negar, se colocar para trás, é ficar sem... Ele não consegue
alcançar a proposta, ele vive num mundo de faltas, de privações, de pobreza.
Ele tem que acumular, guardar, esconder, senão vai faltar. O Waldo fala em sua
assertiva: desista de pedir exclusivamente para você, o que fica subentendido
não pedir, não fazer somente para nós, mas incluir o outro em nossos apelos e
ajudas. O que vai nos fazer crescer é praticar o bem, não ajuntar dinheiro
embaixo do colchão. Servir é colocar nossos talentos, faculdades, habilidades
em ação; é estimular os potenciais latentes a florescer!