terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Grande Transição


Opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.

O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral.

Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade.

Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos, na sensualidade e vileza, estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as consequências dos seus atos ignóbeis, assim renovando-se e predispondo-se ao retorno planetário, quando recuperados e decididos ao cumprimento das leis de amor.

Por outro lado, aqueles que permaneceram nas regiões inferiores estão sendo trazidos à reencarnação, de modo a desfrutarem da oportunidade de trabalho e de aprendizado, modificando os hábitos infelizes a que se têm submetido, podendo avançar sob a governança de Deus.

Caso se oponham às exigências da evolução, também sofrerão um tipo de expurgo temporário para regiões primárias entre as raças atrasadas, tendo o ensejo de serem úteis e de sofrer os efeitos danosos da sua rebeldia.
Concomitantemente, espíritos nobres que conseguiram superar os impedimentos que os retinham na retaguarda, estarão chegando, a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade, então fiel aos desígnios divinos.

Da mesma forma, missionários do amor e da caridade, procedentes de outras Esferas estarão revestindo-se da indumentária carnal para tornar essa fase de luta iluminativa mais amena, proporcionando condições dignificantes que estimulem ao avanço e à felicidade.

Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da lei de destruição, geradora desses fenômenos, como ocorre com o outono que derruba a folhagem das árvores, a fim de que possam enfrentar a invernia rigorosa, renascendo exuberantes com a chegada da primavera, mas também os de natureza moral, social e humana que assinalarão os dias tormentosos, que já se vivem.

Os combates apresentam-se individuais e coletivos, ameaçando de destruição a vida com hecatombes inimagináveis.

A loucura, decorrente do materialismo dos indivíduos, atira-os nos abismos da violência e da insensatez, ampliando o campo do desespero que se alarga em todas as direções.

Esfacelam-se os lares, desorganizam-se os relacionamentos afetivos, desestruturam-se as instituições, as oficinas de trabalho convertem-se em áreas de competição desleal, as ruas do mundo transformam-se em campos de lutas perversas, levando de roldão os sentimentos de solidariedade e de respeito, de amor e de caridade...

A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade.

... Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.

* * *

A fatalidade da existência humana é a conquista do amor que proporciona plenitude. Há, em toda a parte, uma destinação inevitável, que expressa a ordem universal e a presença de uma Consciência Cósmica atuante.

A rebeldia que predomina no comportamento humano elegeu a violência como instrumento para conseguir o prazer que lhe não chega de maneira espontânea, gerando lamentáveis consequências, que se avolumam em desaires contínuos.

É inevitável a colheita da sementeira por aqueles que a fez, tornando-se rico de grãos abençoados ou de espículos venenosos.

Como as leis da vida não podem ser derrogadas, toda objeção que lhes faz converte-se em aflição, impedindo a conquista do bem-estar.

Da mesma forma, como o progresso é inevitável, o que não seja conquistado através do dever, sê-lo-á pelos impositivos estruturais de que o mesmo se constitui.

A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.

Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.

Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.

O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.

Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.

Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.

O bem fascina todos aqueles que o observam e atrai quantos se encontram distantes da sua ação, o mesmo ocorrendo com a alegria e a saúde.

São eles que proporcionam o maior contágio de que se tem notícia e não as manifestações aberrantes e afligentes que parecem arrastar as multidões. Como escasseiam os exemplos de júbilo, multiplicam-se os de desespero, logo ultrapassados pelos programas de sensibilização emocional para a plenitude.

A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira de como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade.

Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.

* * *

A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.

As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.

Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição espiritual.

A dor momentânea que o fere, convida-o por outro lado, à observância das necessidades de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.

Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia.

Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.




Joanna de Ângelis
(Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 30 de Julho de 2006, no Rio de Janeiro, RJ. Publicada na revista ‘Presença Espírita’, Setembro/Outubro 2006, Nº 256, páginas 28 e 29)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Fim do sofrimento


No livro Amanhecer de uma Nova Era do espírito Manoel P. de Miranda,  psicografado por Divaldo P. Franco, é informado a vinda de habitantes da estrela Alcíone que se candidataram a reencarnar na Terra para colaborar na transição que passa o Planeta, de Provas e Expiações, para Regeneração.
No capítulo 16 do citado livro são feitas considerações sobre o perispírito que quero dividir com o leitor.

1ª consideração: não existe mais sofrimento em Alcíone:
“Considerando-se que os missionários estarão reencarnando-se nas mais diversas áreas do conhecimento, assim como nos mais variados segmentos da sociedade, os que vêm de fora do nosso sistema passam por uma fase de adaptação perispiritual necessária ao êxito do ministério que irão desempenhar.
Submetem-se a experimentos especiais, de modo que a sua adaptação ao novo corpo, que deverão modelar, seja menos penosa. Isto porque, vivendo em uma Esfera onde as dores e enfermidades físicas já não vigem, na condição de procedimentos depuradores, torna-se-lhes indispensável condensar no perispírito energias próprias à habitabilidade terrestre.”


2ª consideração: as funções do perispírito são absorvidas pelo Espírito:


“Conduzindo-nos a outra sala, pudemos observar que um número expressivo de espíritos encontrava-se sob forte jato de energia luminosa em concentração profunda. Naquele estado, concentrados nos objetivos que os traziam à Terra, desdobravam as características de expansibilidade perispiritual, neles quase que absorvidas pelo espírito, a fim de poderem plasmar as necessidades típicas do veículo carnal de que se revestiriam quando no ministério reencarnatório. À medida que os espíritos progridem, as funções do corpo intermediário são absorvidas lentamente pelo ser imortal, em face da desnecessidade de construir corpos com os sinais do processo evolutivo, corrompidos, degenerados, limitados... Atingindo uma faixa mais elevada, o ser espiritual proporciona o renascimento através de automatismo, tendo como modelo a forma saudável e bela, cada vez mais sutil e nobre até alcançar o estado de plenitude, o reino dos Céus interior...“

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Exilados da Terra


No livro Amanhecer de uma Nova Era, página 207, Manoel P. de Miranda fala da transmigração para outro planeta das pessoas que não acompanham o progresso moral da Terra. O degredo não segue critérios subjetivos de quem coordena o processo, mas as próprias condições dos futuros exilados como disserta o benfeitor:
“...os espíritos ainda fixados nas paixões degradantes, em razão do seu primitivismo, sintonizarão com outras ondas vibratórias próprias a mundos inferiores, para eles transferindo-se por sintonia, onde se tornarão trabalhadores positivos pelos recursos que já possuem em relação a essas regiões mais atrasadas nas quais aprenderão as lições da humildade e do bem proceder. Tudo se encadeia nas leis divinas, nunca faltando recursos superiores para o desenvolvimento moral do espírito.”
Como se vê o que somos realmente é inocultável. As artimanhas da dissimulação, do sofisma aí são inúteis. Os novos tempos pedem renovação, ética, afetividade, sociabilidade, autenticidade para que não tenhamos acanhamento de nós mesmos pelos atos vergonhosos. 

Insegurança


sábado, 16 de fevereiro de 2013

Gravidez e alcoolismo


Mulheres que bebem durante a gravidez estão expondo seus futuros filhos ao risco de sofrer de doenças neurológicas semelhantes àquelas encontradas em alcoólatras, atingindo principalmente os nervos periféricos, comprova estudo realizado pela Universidade do Chile em conjunto com diversas universidades estadunidenses. Ciência & Vida Psique 31

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Obsessão Espiritual


Obsessão Espiritual 

1. Como identificar que estamos sendo obsediados?

No livro Nas Fronteiras da Loucura,  Manoel Philomeno de Miranda discorre de forma clara as alterações que ocorrem nas ideias, nas emoções e na saúde provocadas pela obsessão, que são os indícios que a pessoa está sendo obsediada: “Surgem, como efeito natural, as síndromas da inquietação, as desconfianças, os estados de insegurança pessoal, as enfermidades de pequena monta, os insucessos em torno do obsidiado que soma as angústias, dando campo a incertezas, a mais ampla perturbação interior.
Gera uma psicosfera perniciosa à própria volta pela eliminação dos fluídos deletérios de que é vítima e absorve-a mais condensada, por escusar-se ouvir sadias questões, participar de convívios amenos, ler páginas edificantes, auxiliar o próximo, renovar-se pela oração.”

Além destes sinais que podem evidenciar a atuação de um obsessor, no livro Nos Bastidores da Obsessão, o mesmo autor espiritual dá mais pistas do processo obsessivos para que o leitor possa ampliar sua auto-observação, assim diz ele:  “Quando você escute nos recessos da mente uma ideia torturante que teima por se fixar, interrompendo o curso dos pensamentos; quando constate, imperiosa, atuante força psíquica interferindo nos processos mentais; quando verifique a vontade sendo dominada por outra von­tade que parece dominar; quando experimente inquietação crescente, na intimidade mental, sem motivos reais; quando sinta o impacto do desalinho espiritual em franco desenvolvimento, acautele-se, porque você se encontra em processo imperioso e ultriz de obsessão pertinaz.”

2. A obsessão é uma espécie de enfermidade?
A obsessão espiritual revela aspectos pessoais que na maioria das vezes nem o próprio indivíduo sabe, porque está arquivado no seu inconsciente. A personalidade de hoje, que reencarnou com o propósito de melhorar, de se tornar um “homem novo” não se lembra de suas vidas passadas, ele se conhece e se avalia pela pessoa que é hoje. Assim, ele pode se julgar como uma pessoa interessada em melhorar, tem valores éticos, é do bem etc., portanto, a imagem que tem de si mesmo é a de uma pessoa do bem. Contudo, como a obsessão se manifesta pela sintonia do obsessor com o obsediado, e o obsessor está cheio de ódio, é vingativo e deseja o mal, se conclui que o obsediado também tenha essas qualidades inferiores. O que acontece é que a pessoa está buscando ser uma pessoa boa, ela ainda tem suas fraquezas, seus conflitos, mas já melhorou um pouco em relação ao passado. A sintonia que estabelece com o obsessor nem sempre é por conta da conduta atual, embora possa sê-lo, é através da culpa que está no inconsciente por causa dos erros, dos crimes, dos tormentos provocados a outrem. A presença do obsessor convoca o indivíduo a regularizar seus débitos que retardam seu progresso, além de deixá-lo fragilizado por causa das lembranças doentias.
Para finalizar, mais uma vez trago a palavra categorizada de Manoel P. de Miranda para elucidar se a obsessão é uma enfermidade, diz ele no livro Nos Bastidores da Obsessão: “A obsessão, sob qualquer modalidade que se apresente, é enfermidade de longo curo, exigindo terapia especializada...”

3. Qual o melhor tratamento para a obsessão?
Tanto o obsessor como o obsediado precisam de ajuda conjuntamente, com o arrependimento e o perdão para que ambos se libertem dos vínculos doentios que os atam. A seguir a recomendação do benfeitor Manoel P. de Miranda para a terapia renovadora: “Diante de qualquer expressão em que se apresentem as alienações por obsessão ou em que se manifestem suas sequelas, mergulhemos a mente e o coração no organismo da Doutrina Espírita, e, procurando auxiliar o paciente encarnado a desfazer-se do jugo constrangedor, não olvidemos o paciente desencarnado, igualmente infeliz, momentaneamente transformado em perseguidor ignorante, embora se dizendo consciente, mas, sofrendo, de alguma forma, pungentes dores morais.
Concitemos o encarnado à reformulação de ideias e hábitos, à oração e ao serviço, porquanto, através do exercício da caridade, conseguirá sensibilizar o temporário algoz, que o libertará ou granjeará títulos de enobrecimento, armando-se de amor e equilíbrio para prosseguir em paz, jornada a fora.” Sementes de Vida Eterna

Finalizando, segue a recomendação do tratamento no Centro Espírita que é o lugar preparado para tal mister: “Ao lado dessa psicoterapia, é necessária a aplicação dos recursos fluídicos, seja através do passe ou da água magnetizada, da oração intercessória com que se vitalizam os núcleos geradores de forças, estimulantes da saúde, com o poder de desconectarem os plugs das respectivas matrizes, de modo a que o endividado se reabilite perante a Consciência Cósmica pela aplicação dos valores e serviços dignificadores.” Nas Fronteiras da Loucura