No livro Estudando a Mediunidade, Martins Peralva define a
licantropia como: “o fenômeno pelo qual Espíritos
«pervertidos no crime» atuam sobre antigos comparsas, encarnados ou
desencarnados, fazendo-os assumir atitudes idênticas às de certos animais.”
Aqui utilizo o termo zoantropia e licantropia como sinônimos, seguindo a definição
acima.
No livro Libertação de André Luiz tem um exemplo de
licantropia, onde uma mulher que matou o marido e quatro filhos é julgada por
um líder das regiões inferiores pelo crime cometido. Este líder, através da
hipnose, conjugado com a culpa que a criminosa sente, sugere que ela é uma
loba, um animal pelos crimes cometidos; a mulher entra em processo de
transformação do perispírito (corpo espiritual) até assumir a forma de uma
loba. A descrição de André Luiz ilustra melhor o processo: “A medida que repetia a afirmação (o hipnotizador), qual
se procurasse persuadi-la a sentir-se na condição do irracional mencionado,
notei que a mulher, profundamente influenciável, modificava a expressão
fisionômica. Entortou-se-lhe a boca, a cerviz curvou-se, espontânea, para a
frente, os olhos alteraram-se, dentro das órbitas. Simiesca expressão
revestiu-lhe o rosto.
Via-se, patente, naquela exibição de poder, o
efeito do hipnotismo sobre o corpo perispirítico.”
Como menciona Peralva, a atuação do obsessor é sobre encarnados
e desencarnados. Entre os encarnados vemos a zoantropia em pessoas que
fazem tatuagem radical em seu corpo,
aquelas que alteram sua fisionomia, com saliências parecendo um lagarto, um
diabo, um vampiro, caveiras... Essas pessoas estão sendo hipnotizadas por seus
verdugos para deformá-las, ridicularizá-las? Uma outra possibilidade é a pessoa
desejar transformar o seu corpo tal como ele se encontrava antes de reencarnar.
Muitos deles colocam chifres, dentes de vampiros, cortam a língua. Existem
líderes ou chefes de obsessores que se transformam com feições horrendas para
causar temor e dominar seus seguidores ou a fim de apavorar suas vítimas. O que
se percebe nessa transformação é a auto e a alo-fascinação obsessiva que leva a
raciocínios equivocados sobre a autoimagem.
Nas regiões inferiores da erraticidade (mundo
espiritual), os espíritos aí fixados temporariamente apresentam deformidades
perispirituais por vários motivos: auto-hipnose, alo-hipnose, ódio, crueldade, transtornos,
deformações decorrentes do tipo de desencarnação, etc. A propósito, no livro Os
Mensageiros, André Luiz relata o que viu em determinada região sombria: “Os monstros, que fugiam à nossa aproximação
escondendo-se no fundo sombrio da paisagem, eram indescritíveis e, obedecendo a
determinações de Aniceto, não posso ensaiar qualquer informe nesse sentido, a
fim de não criar imagens mentais de ordem inferior no espírito dos que, acaso,
venham a ler estas humildes notícias.” Quando tais pessoas mostruosas
reencarnam, elas não querem fazer com o seu corpo a feição que tinham na vida
espiritual?
Vi uma reportagem onde as pessoas queimavam a pele para deixar determinadas marcas, essas pessoas não estariam também sendo sugestionadas por entidades inferiores?! A dor que sentiam poderia até ocasionar um desmaio e a pele queimada gerar infecções, mas mesmo assim faziam. Triste! ===>Eliane
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