sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cultivar amizade


Estudo da Universidade Concordia, no Canadá, constante na revista Psique Ciência & Vida de 02/2011, aponta: crianças que não têm amigos podem ser mais propensas a desenvolver depressão na adolescência. Os dados sugerem que, enquanto a falta de amigos pode fazer que os jovens se tornem deprimidos, ter apenas um amigo pode ser suficiente para proteger as crianças retraídas ou tímidas de problemas de saúde mental. 

Ninguém evolui sozinho, como nestes exemplos:

·        ficar trancado em seu quarto
·         viajar pelo mundo
·        consumir sem parar
·        meditar no topo da montanha

O outro é importante, somos seres interdependentes, ninguém é exceção.
Na pesquisa citada, podemos dar voz à depressão e, talvez, ela diria: ou você se relaciona com alguém, ou eu te infernizo a vida, fazendo você sentir o que é a angústia de estar só!!!

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Perfume pessoal


O perfume é algo agradável aos nossos sentidos, deixa marcas que nos faz viajar, lembrar de pessoas, lugares, épocas... Traz um sentimento gostoso, reflete na autoimagem e na autoconfiança.
O que pensar de uma pessoa que exala um perfume pessoal agradável, inesquecível? É o que conta Adelino da Silveira no livro “Chico, de Francisco”, quando o Chico esteve em sua casa. Para contextualizar o acontecido, transcrevo um trecho do livro:

Era uma Terça-Feira de Carnaval. Ele (Chico) chegou à tarde.
Após hora e meia de conversa, foi banhar-se. Distraí-me, palestrando com os demais. Quando vi, a porta do banheiro estava aberta. Era a minha vez. Entrei, e fui encontrá-lo de joelho enxugando o piso com um pano velho.
-Chico..., exclamei!
-Preciso deixar tudo em ordem para não dar trabalho à Benedita (minha mãe).
Fato que não me sai da mente também é que quando entrei no banheiro, um indefinível perfume estava no ar. A impressão que tinha era que havia quebrado uma jarra desse perfume.
O quarto em que dormiu conservou-se assim por três dias.

As pessoas que visitavam o Chico em sua cidade, diziam da grande emoção e bem-estar que sentiam diante de sua presença. O que é isso, efeito físico promovido pelos benfeitores? Isso é possível, mas não fariam o tempo todo. Penso que são suas energias carregadas de seus pensamento, sentimentos e atos elevados. Como sabemos os pensamentos se compõem de imagens, de sentimentos e de energia. Conforme o teor dos pensamentos e da conversação haverá a emissão correspondente, num degrade que vai do perturbador ao sublime. André Luiz no livro Os Mensageiros fala do “sopro curador”, que é a habilidade que algumas pessoas desenvolveram para curar através do sopro. Para desenvolver esta habilidade, informa o benfeitor Alfredo no livro citado, é imprescindível que o ho­mem tenha o estômago sadio, a boca habituada a falar o bem, com abstenção do mal, e a mente reta, interessada em auxiliar.
Diante do exposto, reflita como é o mundo interior e, por conseguinte, os pensamentos e palavras da pessoa que reclama o tempo todo, que fala palavrões, que xinga por qualquer motivo! Certamente é tóxica, deprimente, pessimista causando ao seu portador e ao seu receptor dores de cabeça, indisposições, irritação, desconfiança...
O que exalamos?

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Autorrealizção


Você sabe o que é uma pessoa autorrealizada? Segundo o psicólogo Abraham Maslow é a pessoa que faz pleno uso de seus talentos, capacidades e potenciais.
Você acredita em si mesmo? Reconhece suas capacidades? Considera que possui potenciais aguardando para eclodir?
O uso pleno de suas faculdades tornaria sua vida diferente? Você investe mais em sua fraqueza e subestima ou em seus talentos? O que você escolhe fazer? Você aguarda alguma autorização para exercitar sua riqueza interior com ética e sabedoria?
Ainda segundo Maslow, a característica das pessoas autorrealizadas são:

1. percepção mais eficiente da realidade e relações mais confortáveis com ela
2. aceitação (de si mesmo, dos outros, da natureza)
3. espontaneidade; simplicidade; naturalidade
4. centralização nos problemas (em oposição à centralização no ego)
5. qualidade de desapego; necessidade de privacidade
6. autonomia; independência de cultura e ambiente
7. constante frescor de apreciação
8. experiências místicas e culminantes
9. Gemeinschaftsgeftlhl (sentimento de afinidade com os outros)
10. relações interpessoais mais íntimas e profundas
11. estrutura de caráter democrática
12. discriminação entre meios e fins, entre bem e mal
13. senso de humor filosófico, sem hostilidade
14. criatividade autorrealizadora
15. resistência à aculturação; transcendência a qualquer cultura particular.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Conteúdos Superiores


Na mensagem “Anencefalia” de Joanna de Ângelis, constante neste blog, a benfeitora fala algo em determinado trecho da missiva que achei surpreendente para o conhecimento psicológico. A referida citação é a seguinte: Desequipado (o ser humano) de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança... Este é o trecho que quero discorrer, implícita ou explicitamente, tem informações preciosas para compreender as qualidades humanas.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

As múltiplas faces da ansiedade


Transtorno do pânico
 Medo intenso e repentino, sem razão aparente. O indivíduo é tomado por uma enorme ansiedade e sintomas físicos como taquicardia, calafrios, boca seca, dilatação da pupila etc.  O ataque de pânico dura de 20 a 40 minutos. A sensação é de morte iminente. Quem passa por crises de pânico acaba desenvolvendo o "medo de ter medo".

Transtorno de ansiedade social
 Também conhecido como fobia social ou timidez patológica. Devido a ansiedade excessiva e persistente, as pessoas evitam a todo custo estar no centro das atenções, pois temem ser avaliados e julgados negativamente. Com o tempo, sua vida social, afetiva e profissional torna-se extremamente reduzida.

Fobias específicas
 Medo exacerbado e infundado em relação a certos objetos, animais ou situações. As mais comuns são o medo de avião, elevador, chuvas e trovoadas, altura, insetos, aves e dentista. Muitos pacientes acabam sofrendo grandes limitações em sua vida cotidiana.

Transtorno do stress pós-traumático
 Caracterizado por ideias intrusivas e recorrentes relativas a um evento traumático, sendo muito comum em pessoas que passaram por acidentes graves, catástrofes naturais e sequestro. Pode levar a um quadro de depressão, embotamento emocional, sensação de vida abreviada e incapacidade de vivenciar o prazer.

Transtorno de ansiedade generalizada

Sensação perseguidora de medo e insegurança. As pessoas preocupam-se demais até com os eventos mais corriqueiros. São impacientes, aceleradas e vivem com a sensação de que alguma coisa ruim vai acontecer a qualquer momento. Sofrem de insônia, irritabilidade e, sem tratamento, com o tempo desenvolvem outros transtornos de ansiedade.

Transtorno obsessivo-compulsivo
 Caracteriza-se por ansiedade acompanhada de pensamentos negativos, intrusivos e recorrentes (obsessões). Na tentativa de aliviar a ansiedade o indivíduo lança mão de atitudes repetitivas (compulsões) em forma de ritual. Banhos excessivos e demorados são comuns, bem como contar os degraus das escadas.

Revista Mente & Cérebro n. 171 – 04/2007

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Existência Ampliada


O psicólogo junguiano James Hollis diz que Uma existência ampliada é o que somos chamados a trazer a este mundo; nossa missão é contribuir com nossa sociedade e nossas famílias, e partilhar com os outros. Sua sugestão é bem diferente da mesmice e da massificação que muita gente prefere: seguir a correnteza! Para isso não precisa muito esforço e ainda tem o aval da maioria. No entanto, a onde se pretende chegar? Existe uma meta? Ou se anda em círculo?
No meu entendimento atual, existência ampliada pode ser:


*     superação de hábitos nocivos
*     mudar de reativo para proativo
*     educar a impulsividade e treinar o discernimento
*     vencer a grosseria e se tornar simpático
*     sair da toca e se tornar sociável
*     derrotar o pessimismo doentio e adotar o otimismo saudável
*     afastar-se da dependência e caminhar para a interdependência
*     compreender que a vida é maior do que as provas – não confundir meios com os fins
*     ultrapassar o individualismo egoísta e praticar a solidariedade fraterna
*     libertar-se da fantasia do materialismo e conquistar a convicção da imortalidade


A existência ampliada é ir além da socialização alienante que mede o valor das pessoas pela beleza, pelo dinheiro, pelo poder, etc., como se fossem mercadorias com tempo de validade. Vamos pegar o melhor da sociedade, o legado dos grandes luminares que deixaram seus esforços e achados em forma de ciência, arte, filosofia, conduta moral... Por nossa vez, vamos dar o melhor aos nossos amigos, familiares e à sociedade nos tornando homens novos:


*     altruístas
*     autênticos
*     autoconfiantes
*     autoestima elevada
*     autoimagem coerente
*     éticos
*     honestos
*     otimistas
*     solidários


Rompendo com o homem velho:

*     dissimulado
*     egocêntrico
*     egoísta
*     inseguro
*     medroso
*     neurótico
*     rabugento
*     vítima


Você está disposto a escolher a vida ampliada ou vai seguir a opção dos outros?

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Anencefalia


Vivemos num mundo ordenado onde vige a Lei Divina, conforme define O Livro dos Espíritos na pergunta 614:

-O que se deve entender por lei natural?
Resposta: A lei natural é a lei de Deus; é a única necessária à felicidade do homem; ela lhe indica o que ele deve fazer ou não fazer, e ele só se torna infeliz porque dela se afasta.

Uma vez compreendido que existem Leis que regem nossa evolução, não estamos a matroca esperando a sorte ou o azar dar as cartas. Nossa imaturidade ou maturidade, nossas escolhas ou fugas, nossos erros e acertos vão gerando consequências que reverberam em nossas vidas. A questão da anencefalia tão discutida ultimamente, também é o reflexo de atitudes anteriores.
Para melhor elucidar essa questão, Joanna de Ângelis psicografou uma mensagem através de Divaldo P. Franco em 11/04/12:

Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.
De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas se apresentem.
O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.
Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.
Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.
Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.
Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.
Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.
Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.
Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...
Desequipado de conteúdos superiores que proporcionam a autoconfiança, o otimismo, a esperança, essa revolta, estimulada pelo primarismo que ainda jaz no ser, trabalhando em favor do egoísmo, sempre transfere a responsabilidade dos sofrimentos, dos insucessos momentâneos aos outros, às circunstâncias ditas aziagas, que consideram injustas e, dominados pelo desespero fogem através de mecanismos derrotistas e infelizes que mais o degrada, entre os quais o nefando suicídio.
Na imensa gama de instrumentos utilizados para o autocídio, o que é praticado por armas de fogo ou mediante quedas espetaculares de edifícios, de abismos, desarticula o cérebro físico e praticamente o aniquila...
Não ficariam aí, porém, os danos perpetrados, alcançando os delicados tecidos do corpo perispiritual, que se encarregará de compor os futuros aparelhos materiais para o prosseguimento da jornada de evolução.
*   *   *
É inevitável o renascimento daquele que assim buscou a extinção da vida, portando degenerescências físicas e mentais, particularmente a anencefalia.
Muitos desses assim considerados, no entanto, não são totalmente destituídos do órgão cerebral.
Há, desse modo, anencéfalos e anencéfalos.
Expressivo número de anencéfalos preserva o cérebro primitivo ou reptiliano, o diencéfalo e as raízes do núcleo neural que se vincula ao sistema nervoso central…
Necessitam viver no corpo, mesmo que a fatalidade da morte após o renascimento, reconduza-os ao mundo espiritual.
Interromper-lhes o desenvolvimento no útero materno é crime hediondo em relação à vida. Têm vida sim, embora em padrões diferentes dos considerados normais pelo conhecimento genético atual...
Não se tratam de coisas conduzidas interiormente pela mulher, mas de filhos, que não puderam concluir a formação orgânica total, pois que são resultado da concepção, da união do espermatozoide com o óvulo.
Faltou na gestante o ácido fólico, que se tornou responsável pela ocorrência terrível.
Sucede, porém, que a genitora igualmente não é vítima de injustiça divina ou da espúria Lei do Acaso, pois que foi corresponsável pelo suicídio daquele Espírito que agora a busca para juntos conseguirem o inadiável processo de reparação do crime, de recuperação da paz e do equilíbrio antes destruído.
Quando as legislações desvairam e descriminam o aborto do anencéfalo, facilitando a sua aplicação, a sociedade caminha, a passos largos, para a legitimação de todas as formas cruéis de abortamento.
... E quando a Humanidade mata o feto, prepara-se para outros hediondos crimes que a cultura, a ética e a civilização já deveriam haver eliminado no vasto processo de crescimento intelecto-moral.
Todos os recentes governos ditatoriais e arbitrários iniciaram as suas dominações extravagantes e terríveis, tornando o aborto legal e culminando, na sucessão do tempo, com os campos de extermínio de vidas sob o açodar dos mórbidos preconceitos de raça, de etnia, de religião, de política, de sociedade...
A morbidez atinge, desse modo, o clímax, quando a vida é desvalorizada e o ser humano torna-se descartável.
As loucuras eugênicas, em busca de seres humanos perfeitos, respondem por crueldades inimagináveis, desde as crianças que eram assassinadas quando nasciam com qualquer tipo de imperfeição, não servindo para as guerras, na cultura espartana, como as que ainda são atiradas aos rios, por portarem deficiências, para morrer por afogamento, em algumas tribos primitivas.
Qual, porém, a diferença entre a atitude da civilização grega e o primarismo selvagem desses clãs e a moderna conduta em relação ao anencéfalo?
O processo de evolução, no entanto, é inevitável, e os criminosos legais de hoje, recomeçarão, no futuro, em novas experiências reencarnacionistas, sofrendo a frieza do comportamento, aprendendo através do sofrimento a respeitar a vida…
*   *   *
Compadece-te e ama o filhinho que se encontra no teu ventre, suplicando-te sem palavras a oportunidade de redimir-se.
Considera que se ele houvesse nascido bem formado e normal, apresentando depois algum problema de idiotia, de hebefrenia, de degenerescência, perdendo as funções intelectivas, motoras ou de outra natureza, como acontece amiúde, se também o matarias.
Se exercitares o aborto do anencéfalo hoje, amanhã pedirás também a eliminação legal do filhinho limitado, poupando-te o sofrimento como se alega no caso da anencefalia.
Aprende a viver dignamente agora, para que o teu seja um amanhã de bênçãos e de felicidade.

Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica de 11 de abril de 2012, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 14.04.2012.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Você sabe o que foi na vida passada?


Ainda não temos acesso às recordações de vidas passadas por não sabermos lidar com determinadas recordações - não suportamos rever alguns lances sem entrar em desequilíbrio. Pessoas mais maduras tem retrocognições úteis, utilizando-as para melhorar. As vezes somos invadidos por lembranças diluídas que nos desconcertam, imaginem se viessem todos os detalhes! Tudo indica que em casos mais graves de transtornos mentais, porções maiores de lembranças invadem o consciente.

Precisar o que fomos na vida passada, ainda não é possível, mas dá para ter uma ideia. No livro Temas da Vida e da Morte p. 20, Manoel P. de Miranda diz que “As impressões mais fortes das experiências passadas fixam-se no corpo em formação, através de deficiências físicas ou psíquicas, saúde e inteligência, de acordo com o tipo de comportamento que caracteriza o estado evolutivo do Espírito.” Como vimos nosso corpo e nosso estado mental retratam os comportamentos anteriores. Observando nossas características, tendências e aptidões dá para ter uma ideia do que fomos e fizemos. Nosso corpo é saudável ou doente? Somos lúcidos ou confusos? Temos disciplina emocional ou somos descontrolados? Somos apaixonados ou temos aversão a qual profissão? Confiamos ou somos desconfiados na área afetiva? Esses traços dominantes não aparecem de um momento para outro e nem foram estabelecidos na vida atual. E hoje, na vida presente, como somos? Somos desleixados, massificados, seguindo a correnteza sem objetivos? Ou somos atentos à nossa vida, temos uma meta? Você tem a impressão que precisa fazer alguma coisa?
Nossa vida atual é um esboço da próxima vida.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Repensando a autoestima


Por mais que se saiba que o mais importante é a essência do indivíduo, a sociedade de consumo impõe os valores materialistas que avalia as pessoas pelo que elas têm, suas posses sinalizam sua vitória ou fracasso. Assim a pessoa se aliena de si mesma não tomando contato com sua essência, com sua singularidade, ela busca se padronizar, seguir os modelos elegidos como bem-sucedidos.
Quantos pais discursam que amam seus filhos igualmente, mas mostram mais satisfação com aquele que tira as notas melhores, ou com o filho que obteve mais sucesso na profissão? Como equacionar: Amor X Sucesso X Fracasso? É gratificante ver o filho alcançar seus objetivos, se realizar, contudo aquele que não conseguiu chegar lá perdeu a qualidade de filho? O que pesa na avaliação dos pais a qualidade de filho ou de sucesso?
Na área profissional a pessoa é avaliada pelo seu conhecimento técnico e pelos seus talentos, transformados em resultados para a empresa.
Nos bate-papos com os parentes e amigos, a curiosidade em saber do sucesso ou insucesso do outro é medido pelos seus bens: casa própria, carro, viagens, formação, vestimenta...
Essa ditadura do “ter”, do consumo, leva a sociedade a avaliar seus cidadãos pelo que eles têm, classificando-os de bem-sucedidos, mal sucedidos, bem formado, ignorante, etc. A autoestima fica atrelada a esse ditame. Não é um predicado do ser, sua inerência, mas um subproduto do seu “fazer”.
Precisamos rever nossa conceituação de autoestima, ela não deve ser exclusividade das conquistas passageiras do ego, que podem servir de incentivo, mas deve levar em conta o “Ser”, a centelha divina que somos. Como leciona Hammed: “A providência primeira e essencial, para que possamos nos curar do sentimento de baixa estima ou inferioridade, é a convicção na imortalidade das almas e na pluralidade das existências, somada à crença de que somos seres espirituais criados plenos e completos, vivendo uma experiência humana com o objetivo de nos conscientizarmos dessa nossa plenitude inata.” as dores da alma